sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Afinal, anda muita gente a "quecar" por fora…







Bom, vamos lá então hoje escrever sobre uma “porra” picante, qualquer coisa como, o que será isto de  “quecar por fora”?

A primeira vez que dei de caras de uma forma muito real, não em filme, com a ideia do que é verdadeiramente um Motel, foi há uns 10 anos atrás, numa viagem ao Brasil, mais precisamente ao Recife, quando ia a caminho do atelier de Francisco Brennan, escultor brasileiro, ex-libris da cidade, que usa e abusa como tema das suas criações, tudo o que tem a ver com os elementos fundamentais para o acto de procriação, isto é : falos e vaginas!  Imaginem um atelier gigante, numa fazenda imensa em que, lembrando estruturas de uma época romana, os muros altíssimos terminavam com rendilhados fálicos, ladeados por imensos falos gigantes e os  jardins, compostos por vaginas enormes, onde, gritando para o interior do órgão  a voz nos era devolvida pelo eco, tal a profundidade do aparelho feminino… enfim, um paraíso para nós psicólogos,  discípulos de Freud, divagarmos sobre a estrutura mental do artista!

Vamos lá ver! Não quer dizer que eu não soubesse já, da ideia implícita  no uso dos motéis. No entanto, a maneira como eram publicitados à medida que avançávamos pela estrada até ao atelier, de facto, surpreendeu-me, pelo modo livre sem preconceito,  como o faziam, tipo: “ entre nas curvas e nas contracurvas do desejo e estacione no átrio do prazer”; “ Pare e peça mais 30 minutos de prazer!” e tantos outros, como estes que vos mostro nas imagens que por aqui vos deixo! Nada que eu visse cá pela nossa terrinha na altura!

Atenção, os motéis sempre existiram  mas, como somos um povo de “brandos costumes” as coisas, por cá, estão sempre muito  bem disfarçadas. Na altura, porque agora, nossssaaaaaaaaaaaaaaaaaa como eles proliferam por aí e de forma bem clara e sem disfarces. Não usamos os esquemas publicitários tão criativas como os brasileiros, aliás, nem usamos mas, que os há por aí, há e não é  por acaso que este negócio prolifera a passos largos e que quase todos os meses, mais um aparece por  sítios que nem sequer passavam pela nossa cabeça ou, será que passavam?

Bom, este tema , acompanhado por momentos vinícolas preenchidos   por gargalhadas e boa disposição, tem sido motivo de conversa em tertúlias femininas cá pelos meus lados.
E, num desses encontros, estando todas de olhos abertos e ouvidos livres de ruídos inoportunos, rendidas ao relato  da experiência de uma delas que, num estado “solteira” se via envolvida de maneira avassaladora, por um dom juan, casado, mas, como ele dizia, segundo ela: - estou completamente apaixonado e rendido a este sentir novo! – ouvíamos,  deliciadas pelas pinceladas picantes que ela colocava  nas histórias, o enredo dos seus  encontros e desencontros em motéis, hotéis e afins!
 Agora, nada nos preparou para o que ela, em tom irritado e devastado, nos disse a determinado momento:

- Vocês fazem ideia do quanto difícil  tem sido conseguir marcar quarto para estes nossos encontros?

- Como assim? Vocês são esquisitos, é? Não vos serve um quarto qualquer, é?

- Não, nada disso! Estamos em modo de reserva, para uma desistência à hora de almoço, dos motéis e afins de Lisboa, durante um mês!!!!!

Todas em uníssono, não acreditando no que ouvíamos:
 - COMO ASSIM????????  
       
- Isso que vocês ouviram! Durante um mês não queco, porque os motéis estão cheios à hora do almoço!!! A não ser que alguém desista do encontro !

Silêncio inexplicável, tal o espanto! Em espelho, pegámos no nosso copo de vinho e demos um longo trago para desengasgar a surpresa do argumento de: "completo"!

Tal e qual, acreditem!!!

Por isso, como diz o título deste meu texto: “… anda muita gente a quecar por fora!”

Coitada da minha amiga… afinal, não há só listas de espera nos hospitais! Mas destas, ninguém fala! Todos tem telhados de vidro!!  

Muito se fode neste país! Perdoem-me a linguagem mas aqui, fica, literalmente, bem!!!





mp&c



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