segunda-feira, 14 de julho de 2014

O badalo da nudez...



Este fim-de-semana foi cheio de praia e sol…

Com um sol e um tempo que já não era sem tempo, finalmente, tivemos um sábado e um domingo de praia fantástico!!!

E provavelmente como a maior parte das pessoas deste país, cá por casa, rumou-se à Costa da Caparica a 200km/h, não fosse o sol desaparecer. E como já o fazemos há imenso tempo, (bichos de hábitos, nós…), toca a ir para a “nossa” praia, Waikiki( já podemos considerá-la como tal, ao fim destes anos todos de estarmos numa “relação estável”), conhecida ainda hoje pelo  nome de  Praia da Sereia! Se andam por lá sereias, nunca as vi… mas a opinião do meu marido será com certeza diferente!

Bom, mas então, aqui vou eu escrever sobre a merda ou porra, como queiram, que me irritou, neste paraíso de praia e sol!

Eu e o meu marido, adoramos caminhar pela praia! Aquelas caminhadas, com o quente suave do sol logo pela manhã, chapinhando em possas menos frias, recheadas de espuma fresca e branca, conversando e rindo sobre as coisas mundanas da vida ou, sobre as merdas, porras e c@ra!h*$ da semana.

Íamos nós neste lento e delicioso compasso quando , de repente ou, nem tanto, eu é que já não me lembrava do quão perto ou,  do quão meia dúzia de passos nos põe em contacto com esta “realidade”, dou de frente,  com um falo explicito isto é, uma pila, movimentando-se, tal badalo do sino da igreja, mesmo à frente dos meus olhos!

E uns metros à frente, duas mamas, penduradas exactamente antes do canal que conduz ao colo do útero e que se abre na vulva; e logo a seguir, um fato de banho elegantíssimo tirado das melhores páginas da Vogue Francesa, que me fez morrer de inveja dos tons e da elegância e esquecer a deselegância que há segundos atrás tinha visionado!

Nota , não tenho nada contra ao nudismo nem a quem o pratica, surpreendeu-me o facto de ali, a meia dúzia de passos de uma praia cheia, homens e mulheres estavam nus, exactamente como vieram ao mundo, misturados com homens e mulheres vestidos com os apetrechos necessários a um belíssimo dia de praia! Não percebo nada disto! Pergunto-me: quem se sentirá, nesta mistura mais ou, menos, à vontade?  


E agora, perdoem-me os artistas com o culto dos nus artísticos ! Eu sei que a nudez na arte, reflecte no geral, os padrões sociais para a estética e a moralidade da época; que muitas culturas toleram a nudez na arte mais do  que na vida real e que outras, num entendimento diferente de arte, impõe a nudez parte integrante, no dia a dia , na vida real; e que há historiadores da arte que consideram este tema, o nu, o mais importante da história da arte ocidental.

MAS EU, EU NÃO GOSTO DE GENTE NUA! Esteticamente, naturalmente ao meu olhar de comum mortal, NÃO GOSTO DO NU, assim, explícito, desta forma invasiva!

A minha educação passou por, nunca, mas mesmo “nunquinha”, ver o meu pai nu! Nem imaginar tal coisa!!!! Podiam ter sido menos rígidos com a ideia de que era erradíssimo isto acontecer , continuando, no entanto,  a ter  atenção para  que isso fosse evitado! A ter sido de uma forma menos rígida, talvez eu não me tivesse assustado assim tanto quando vi um falo, isto é, uma pila, pela primeira vez! 

( isto é importante! Fica aqui o recado dado pela psicóloga que há em mim: a partir de mais ou menos os 3 anos de idade, importa que a criança comece a perceber o que é do foro íntimo de cada um e que não pode andar por aí a mostrar o corpo a toda a gente e enquanto pais, mais do que exigirmos este comportamento, devemos dar o exemplo  cuidando de preservá-la à nossa nudez , tapando-nos sempre que necessário, de uma forma natural e  tranquila. É  assustadora a leviandade com que pais que me procuram, relativizam este assunto. Fica aqui o recado!)  

 Mas não é por esses hipotéticos recalcamentos que eu não gosto de gente nua! Eu não gosto porque, esteticamente, não acho o corpo nu  do homem e da mulher,  bonito.

 E quando -  nestes “ pseudo-recantos” de nudismo protegidos,  onde a  toda a gente é permitido passar, não havendo sequer um aviso visível avisando tal -  o homem se coloca em posição estratégica de apanhar as cadelinhas que delicadamente,  com movimentos ritmados do seu pé,  retirou do fundo da areia, enquanto todos os seus músculos abanavam ( percebem do que falo, certo???) fica-me a imagem de um badalo do sino da igreja, que tira a tesão de qualquer um!!!


A minha nudez e a do meu marido, guardo-a para a nossa intimidade e dessa, dessa, meus queridos leitores, DESSA, EU GOSTO!!!!!! 


Desejo-vos uns fantásticos dias de praia, sem badalos de sinos por aí perdidos, caso partilhem da mesma opinião!


mp&c





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