Não sou uma “gaja” alta!
Tipicamente portuguesa, alfacinha de gema, saí
totalmente aos meus; baixinha, fico-me pelos meus doces ( é a família que diz) 1,59m. Ah!!! Mas já tive 1,60m; naquela altura em que
se faziam filas imensas para se tirar o bilhete de identidade e as medições, estranhissímas, passavam, para além do "medidor", pelo desconto do tamanho do salto feito pelo olhar humano de quem nos media. Bem, lá diz o ditado
popular que quando vamos para velhos, ficamos mais pequenos! Não acho piada
nenhuma a isso, reconheço…
Bom, a minha irmã, pouco maior que eu ( ela acha-se claramente
mais alta do que eu, mas, “descalçinhas”, estamos ela por ela) tem uma paixão pelos
sapatos onde as alturas, disfarçadas de gente elegante, levam-na a um patamar
de modelo Armani!
Eu não! Eu gosto mesmo é de pé no chinelo, apesar de
reconhecer que ela está cheia de razão quando diz que a elegância, passa pela
postura e altura. Ok… eu percebo isso! E é verdade que quando me vejo obrigada
a usar em algum evento que justifique, de repente, olho todo o mundo do alto
dos meus 15 cm e sinto que alguém, perdido naquela imensidão de gente que
normalmente está neste eventos, me olha de baixo para cima. Não é arrogância de
patamares superiores, acreditem, é só uma “merda” a deixar-me convencida ;-) !
E também sei que não há superfície possível de reflectir a minha imagem para a
qual eu não olhe e tenha aquele movimento de me baixar, porque estou alta de
mais, para me conseguir ver e admirar. Não sei se é narcisismo puro ou,
simplesmente, prazer por me ver alta.
Mas, estou de FÉRIAS!!!!! Num momento da vida alto mas, a
usar chinelo baixo… Olhando o mar, gargalhando sol, fitando feita louca , presa
a umas preguinhas do ventre que retém o meu ímpeto e que impedem de me atirar
ao Sr. que passa e inofensivamente grita: “bolinhas de berlim, quentinhas,
acabadas de fazer”; e elas, na minha imaginação, dançando quizomba,
roçando açúcar nos meus dedos colados ao lábios, tentam-me e tentam-me… e eu
não resisto!!!
Venham saltos de 15 cm, num momento baixo da vida, para me elevarem à elegância feita altura…
mp&c
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